NARA MAMI

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Amamentação depois do acidente

Tava devendo esse post para vocês. E aí, eu ainda estou amamentando ou não? Se sim, como foi retomar depois do acidente? Se não, como foi que eu me conformei e aceitei parar.

Gente, desde que descobri que estava grávida, prometi que iria tentar duas coisas, porque sei que seria o melhor pra nós dois: parto normal e amamentar. Sobre o parto normal, já falei em outro post, porém sobre amamentar… vamos conversar. Meu peito foi a primeira coisa que mudou, logo no primeiro mês ele já cresceu (não quer dizer nada se seu peito não crescer. Não necessariamente você terá pouco leite). Saí do tamanho 42 para o 48, vocês acreditam? Tenho próteses de silicone (245ml) e muuuuita gente falou que eu não conseguiria amamentar por causa disso. Fiz curso sobre como amamentar com as meninas da @dicasdacegonha, comprei sutiãs de amamentação, pomadas (lasino) para caso o meu mamilo machucasse e finalmente chegou o grande dia. Fernandinho chegou, cheio de saúde e a primeira coisa que fez após nascer foi mamar, que emoção!!! Parecia que ele tinha feito o curso dentro da minha barriga de como pegar, foi mágico. Me dei bem logo de cara. Como já sabia como fazer, não tive problema com a pega, o problema foi quando fui pra casa, pois eu tinha taaaaanto leite que tive que começar a desmamar. A bombinha que utilizo é a swing, da marca medela (acredito ser a melhor e comprar nos EUA fica bem mais barato). Na primeira semana tirei uns 10 potes de leite só pra doação. Para produzir bastante leite, não fiz nada demais: descansava, comia bem, tomava muito líquido e relaxava a cabeça para evitar estresse. Assim eu segui durante 3 meses… E olhe que me falaram que com 1 mês regularizava o leite e eu não conseguiria mais doar. Estavam enganados, doei até ser interrompida pelo acidente. Tudo isso porque estimulava muito. Após ele mamar, eu usava a bombinha e assim fazia o corpo achar que precisava produzir mais. No dia 5 de outubro, me acidentei e fraturei duas vértebras e a bacia. As dores eram tão fortes que tive que entrar com uma medicação super potente para poder controlar um pouco, até aí estava achando massa, porém na hora que soube que ia ter que parar de amamentar durante o período dos remédios, eu quase piro. Chorei quase que um dia inteiro. Mesmo depois do acidente, do susto, do trauma, meu peito continuava cheio de leite e eu infelizmente tinha que tirar e jogar fora. Passaram-se 15 dias, eu estimulava com a bombinha de duas em duas horas pra manter o estímulo, até que vi meu peito secando e quase me desesperei.😔😔😔 Foi aí que decidi largar todos os remédios e tentar retomar a amamentação, tudo isso com orientação médica. Porém, infelizmente veio a “facada” final… Fernandinho não quis mais meu peito. Quase eu piro, ele até chegou a pegar, porém poucos minutos depois se irritava, começava a chorar muito, até receber o leite na mamadeira. Não foi fácil aceitar, me trabalhei tanto psicologicamente e curtia tanto dar de mamar que até semana passada não tinha aceitado direito. Comprei o remédio para secar o leite, mas até agora não tive coragem de tomar. Que coisa estranha, né? Há um mês eu doava e agora estou tendo que tomar remédio para secar o leite, porque meu filho, que tanto curtia mamar, não quer mais. A vida é assim, nos prega peças que às vezes a gente só entende lá na frente. Não serei mais ou menos mãe porque utilizo “leite artificial”. Continuarei criando meu filho com todo amor e carinho e sei que o que eu puder fazer pela saúde e bem estar dele, farei. Na próxima gestação quem sabe eu consigo amamentar da forma que queria ter feito com o Fernandinho. Beijoka e até mais!! Simmmm, o leite que ele toma é o Aptamil, da Nestlé. Essa semana mudamos para o Aptamil AR, pois ele começou a ter um pouquinho de refluxo, mas nada sério.